quarta-feira, 3 de abril de 2013



"Libras- quem não sabe aprende ao vivo".
                    

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    A minha história na área da surdez começou no ambiente religioso, alguns surdos começaram a frequentar os cultos em 2003, como eu havia tido experiência da inclusão de surdos e ouvintes em 2000 cursando informática, e apenas sorrindo e tentando ajudar, e com alguns sinais que uma colega ensinou. O jeito foi aceitar o desafio com a cara, coragem e as mãos e expressões faciais e corporais. Por isso,"Libras- quem não sabe aprende ao vivo", meu aprendizado era durante os cultos, os louvores eram ensaiados, mas a fala da liderança?! Com essa "metodologia", aprender é preciso.

    A língua de sinais requer não somente os sinais feitos com as mãos, mas a expressividade facial e corporal. No início foi difícil, sempre fui muito tímida e reservada, mas os surdos são dedicados e dispostos a ensinar sua língua. Depois de dois anos, por incentivo deles, a maioria do período oralista (sem acompanhamento de intérpretes, mesmo porque na época Libras era proibida), em 2005 realizei a primeira tentativa para o certificado de intérprete para poder realizar a do processo seletivo simplificado para atuar como intérprete, nomenclatura que não costumava usar, por acarretar muita responsabilidade  dizia apenas que sabia um pouco de sinais, mas que não era intérprete. Afinal, a inclusão desses profissionais ainda estava engatinhando e as que já atuavam sofriam de certa forma muitas críticas, por representar um vigia do professor regente em sala de aula. O teste realizado em Curitiba/PR era  para ganhar um curso de capacitação em Libras, infelizmente não passei, mas dois meses depois fiz outro teste na Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos-FENEIS/PR e passei.  Com o termo de apto para apoio pedagógico no acompanhamento de surdos em sala de aula. Selecionada também no PSS-SEED/PR, iniciei em 2006 num colégio estadual em Castro com alunos inclusos na 6ª e 7ª séries, em 2007 veio a Capacitação Tradutores/Intérpretes ofertado pela SEED/PR e logo em seguida o PROLIBRAS-2007/ UFSC por Curitiba onde fui aprovada para Tradução e Interpretação da Libras/Língua Portuguesa/Libras.

Permaneço até hoje trabalhando na cidade de Castro/PR onde acompanho os alunos até a formação no médio e/ou técnico. Atualmente estou no segundo ano do ensino médio com duas alunas inclusas. Além de continuar na liderança fazem 10 anos  do Ministérios de Surdos da Igreja que congrego há 13 anos. 

Por Cristiane R da Rocha.

Legislação da Libras 

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No Paraná a Lei Estadual nº 12. 095, de 11 de março de 1998 reconhece oficialmente, pelo Estado do Paraná, a linguagem gestual codificada na Língua Brasileira De Sinais – Libras  outros recursos de expressão a ela associados, como meio de comunicação objetiva. 

No âmbito nacional, o  Decreto Lei nº 10.436 que regulamenta a Libras e reconhece como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados foi em 24 de abril de 2002, assinado pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso. E em dezembro de 2005 o Decreto Lei nº 5.626 que regulamenta a Lei nº 10.436 que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais-Libras, e o artigo 18 da Lei 10.098 de 19  dezembro de 2000, assinada então pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.




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